Vestibular Trainee


Essa coisa de ser trainee desperta a curiosidade de muita gente. No meu caso, principalmente de pessoas da área de comunicação, mas uma galera de outras áreas também não fica de fora.  “Como foi pra você entrar?” é uma pergunta bastante recorrente depois que fui finalmente selecionado. E eis ele! O processo seletivo. Para sanar a tal curiosidade, explico como aconteceu.

O pessoal da sala da faculdade tem um e-mail de grupo, e foi através dele que tomei conhecimento da oportunidade. Algum colega soube das vagas para trainee na Band e compartilhou com todos. No corpo do e-mail havia o link para efetuar a inscrição e assim o fiz, anexando o meu currículo, como determinava o regulamento. E aí foi só aguardar. E aguardar.
(...)
Eu trabalhava como editor e assistente (de tudo que concerne a produção audiovisual) na Fundação FioCruz em Salvador. Estava dentro do “cafofo”, como era chamado o espaço reservado para mim e meu então parceiro de trabalho Márcio Santana, quando meu celular tocou. Número desconhecido de São Paulo. A princípio pensei ser um trote imbecil ou até alguém do PCC me ameaçando. Mas a conversa começou: “Oi, aqui é a B** (sem o nome dela, né?) do RH da Band...” e um sorriso já se abriu no meu rosto. Estava convocado para a seguinte fase de seleção: a prova.

Ela consistia de quatro temas: Português, Inglês, Conhecimentos Gerais e Raciocínio Lógico. Das cerca de 3000 pessoas que enviaram currículo, umas 1800 foram convocadas para fazê-la, em um campus de faculdade. Um mar de gente, “armados” para uma prova em uma faculdade, batalhando por concorridas vagas. Parecia mesmo vestibular. Fiz um bate-volta aqui pra São Paulo só para fazer a prova e, mais uma vez, fiquei aguardando... até que numa tarde de quarta-feira...

Eu estava comendo uma Mariscada na Ribeira (bairro de Salvador), com família e amigos. O celular toca, era aquele número de novo. Parecia até filme de suspense. Peguei o celular, encarei ele, atendi: "Alô?". "Hello, Cindy!" Era a tal moça do RH, e o recado era que eu havia passado na prova e já tinha que estar em São Paulo na segunda-feira seguinte para a dinâmica de grupo. 

Vim à São Paulo para tal, já programado para ficar por uma semana, aproveitando para comprar equipamento. Participei da dinâmica na segunda-feira, em um hotel na avenida Ibirapuera. Havia por volta de 150 pessoas. Primeiro todos se apresentaram. Depois, cada um pegou uma carta com uma figura, e tinha de dizer como ela se relacionava consigo. Em seguida fomos divididos em quatro grandes grupos, cada grupo criou seu programa de TV e apresentou para todos presentes. Fim.

Dois dias depois, recebo mais uma ligação daquelas. A B** do RH. Nós inclusive a apelidamos de "garota feedback". Viva! Entrevista agendada para a sexta-feira, com gestores da área de produção, dessa vez na sede da Band. Cheguei lá, aguardei na recepção, me cadastrei no sistema. Fui chamado para entrar. Me ofereceram uma cadeira em uma sala de espera do RH. Admito uma dose de nervosismo. “Adriano, pode descer lá.” Caminhei até o setor de produção.

Conversei com a responsável pela coordenação de produção do programa A Noite é Uma Criança, que deu lugar ao atual Claquete, apresentado pelo Otávio Mesquita. Acho que a entrevista durou no máximo 20 minutos. Algumas perguntas foram:

- O que você já fez na área?
- E se tivesse que trabalhar em um programa que não gosta?
- Por que deveríamos te contratar?

E, ao final, obviamente saí com aquele sensação de "putz, não sei se fui bem", "caramba, devia ter falado aquilo! E aquilo também! Droga..." Nada fora do comum. De noite, era hora de voltar pra Salvador. E adivinha o que eu tinha que fazer agora? Aguardar...

Era uma terça-feira, aniversário do meu pai e inauguração de uma exposição dele no Pelourinho. Meu celular toca, já sabe né... olhei o número e pensei "Caraca! É a garota feedback!" Atendi.

Foi mais ou menos isso.
* No meu primeiro post no blog linkei um vídeo contando um pouco dessa jornada.

4 Comentarios

  1. Só não digo que foi fantástico, pq seria sua concorrente! Que luta e que Vitória!

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  2. Huheuahuehauehuaeha que agoniiiaa.. aguardar, aguardar e aguardar.. eu já teria um infarto FÁCIL. euhhauehuaehuaehuaeha

    ;*
    Nanna

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  3. hehehehehe....vc merece tchuco!

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Obrigado por seus comentários