Qual o prato do dia(dia)?

Eu nunca fui muito bom na cozinha. Tá bom, vai, “muito bom" é bondade minha comigo mesmo. Eu sou um desastre. Ainda bem que pra participar da produção de um programa de receitas não há de fato a necessidade de entender tudo de culinária. Graças também a isso tive uma ótima jornada no programa Dia Dia, apresentado pelo Daniel Bork nas manhãs de segunda à sexta.
Foi o primeiro programa ao vivo do qual participei. É muito interessante ver tudo acontecendo à sua frente, no estúdio, e ao mesmo tempo ver na televisão, como quem está em casa assistindo. As decisões precisam ser rápidas e as medidas devem ser tomadas da mesma forma. A comunicação entre as pessoas no switcher e as que ficam dentro do estúdio é quase frenética e ininterrupta.

Reclamando de boca cheia
Era fim de novembro entrando pra dezembro quando entrei no programa e, pra minha sorte, a produção estava fazendo um programa a mais por dia, antes do ao vivo, para assegurar a programação de parte de dezembro e janeiro. “Pra sua sorte? Mas é mais trabalho!” Primeiro, justamente por isso. Mais trabalho é mais oportunidade de observar e explorar diferentes áreas e funções dentro de um mesmo programa. Além disso, significava consequentemente mais comida também. E eu não estou falando de qualquer comida, meus caros. É comida de programa de TV! Nem queria...

O que vocês acham que acontece com aquela comida suculenta, deliciosa e fresquinha que é feita na hora, durante o programa?

a) É jogada fora.
b) O apresentador leva tudo pra casa.
c) Deixa lá pra quando a Magali chegar.
d) A equipe aproveita pra fazer uma boquinha, beliscar, se deliciar e por vezes nem precisa gastar dinheiro com o almoço.

Se você chutou letra “d”, acertou! Isso é lindo né. Era sempre uma fartura. Tinham as receitas do programa gravado e depois as do ao vivo, que eram de Natal. Ah, chega de falar dessa parte que já tô ficando com água na boca. E melancólico. Falemos de uma desvantagem: acordar mais cedo. A gravação do primeiro programa era às 8h. Mas peraí, isso significava, por sua vez, sair mais cedo, também. Então esquece.


A Equipe
Um quesito que contribuiu muito para meu aproveitamento foi a equipe. Era uma simpatia só. Todos atenciosos e dispostos a me esclarecer as coisas, toda vez que eu resolvia aparecer com mais um questionamento. Com eles, nas vezes em que me defrontava com aquela reflexão Pergunto?, eu concluía prontamete: sim, pergunto. Me sentia mais a vontade com essa galera. 
Destaco aqui a diretora do programa Catarina Casanova. Levando em conta sua posição, é natural bater um receio de se aproximar, perguntar coisas e trocar ideia. Com ela, aconteceu só na primeira vez. Foi a pessoa de "alto escalão" que mais me deu atenção em prol do meu aprendizado. Aproveitei bem e, claro, procurava não extrapolar. 

Ela é uma pessoa bastante ocupada, é a diretora do programa, tem uma considerável gama de responsabilidades e preocupações. Ao invés de bombardeá-la com indagações a todo momento, juntava um tanto de perguntas pra fazer "numa cajadada só". Chegava pra ela e dizia: "depois se você tiver 10 minutinhos eu queria tirar umas duvidas". E sabe o que acontecia? Ela me disponibilizava os 10 minutos. Algumas vezes, até largava um pouco o que estava fazendo para me dar atenção. Aí eu me deleitava. Obrigado, Cata. Nossa equipe do blog inclusive tem como projeto postar entrevistas com profissionais da área. Eu adoraria que ela inaugurasse essa nossa seção. Já fica aqui o convite.

O Chef(e)
A não obrigatoriedade de entender sobre culinária não implica que ninguém da produção saiba. A Cata entende bastante, por exemplo. Eu achava que o apresentador Daniel Bork nem ligava muito pra isso ou mesmo não conhecia bastante a respeito. Me enganei, não é que ele sabe bem? Por várias vezes o vi debatendo receitas com convidados e com os chefs Júlio Cruz e André Meana, que fazem parte do programa, e ele demonstra bastante traquejo. Se não o tem, então engana perfeitamente.
 Daniel Bork, André Meana e Julio Cruz

Não cheguei a trocar ideia sobre receitas com ele, até porque me limitaria a falar sobre miojo, ovo e farofa (diga-se de passagem faço uma farofa excelente), no entanto, cheguei a trocar algumas palavras. Até consegui com ele algumas revistas “Receita Minuto” para dar à minha tia Antônia, que cozinha bem e adora o “Daniel do programa”, como ela chama, posto que jamais decora o sobrenome dele. Pedi ainda que ele autografasse pra ela, e ele foi bastante solícito. Minha tia adorou. E ainda ganhei uma torta de limão dela em virtude disso.

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