Eles sabem fazer o espetáculo.
Os caras que produzem sabem fazer. E parece que os lutadores
também. Eles participam, soa como se eles soubessem, tivessem tido aula ou
instruções do que é legal e o que não é em virtude do sucesso do espetáculo. E
se doam, fazem “como manda o figurino”. Atento que não é uma crítica, é uma
constatação, ou mesmo achismo. Aceitar algumas diretrizes dessa maneira acaba trazendo retorno
para eles mesmos.
É uma suspeita que palpita no meu coração. Pode soar como uma espécie de "teoria da conspiração", e certamente é uma especulação mas, pra mim, os lutadores recebem algum tipo de pitaco para lidar com as câmeras. As caras, os gestos e as dancinhas que eles fazem e como fazem, pra que lado, por quanto tempo, sei não... fica muito bom na TV pra ser tão espontâneo.
Uma cena que vi e achei incrível é em um momento de apresentação dos lutadores já dentro do ringue. A câmera passa, literalmente, “na cara do cara”, e ele NÃO OLHA PRA CÂMERA! Vocês tem noção do que é isso? Não olhar pra câmera quando ela passa na sua cara é um feito admirável. Vários diretores sofrem com isso ao comandar atores em gravações de cena, e volta e meia rola uma olhadinha que procura ser discreta mas não adianta. O vídeo abaixo mostra o “staredown”, hora em que os lutadores se encaram.
É uma suspeita que palpita no meu coração. Pode soar como uma espécie de "teoria da conspiração", e certamente é uma especulação mas, pra mim, os lutadores recebem algum tipo de pitaco para lidar com as câmeras. As caras, os gestos e as dancinhas que eles fazem e como fazem, pra que lado, por quanto tempo, sei não... fica muito bom na TV pra ser tão espontâneo.
Uma cena que vi e achei incrível é em um momento de apresentação dos lutadores já dentro do ringue. A câmera passa, literalmente, “na cara do cara”, e ele NÃO OLHA PRA CÂMERA! Vocês tem noção do que é isso? Não olhar pra câmera quando ela passa na sua cara é um feito admirável. Vários diretores sofrem com isso ao comandar atores em gravações de cena, e volta e meia rola uma olhadinha que procura ser discreta mas não adianta. O vídeo abaixo mostra o “staredown”, hora em que os lutadores se encaram.
Depois do enfrentamento cara a cara eles se afastam, e aí
vem: a partir dos 00:12 a câmera se aproxima de um deles. Ela passeia de um
lado pro outro, sempre mirando o rosto. Observem a postura dele, que descrevi
no parágrafo anterior. O cara é show! Quanto ao comportamento diante da câmera,
é de dar um banho em muitos atores por aí.
Esta é uma observação pontual. Obviamente, pode ser que não
olhe porque... não olha mesmo, de forma natural. Mas até agora não flagrei
unzinho, unzinho!, naquele canto de olho pra câmera. Quando olham, olham diretamente pra ela, encarando. Para mim, isso pode ser
fruto de algum tipo de instrução: “Gente, quando a gente passar com a câmera,
tentem não olhar. Pra parecer natural, fica mais real, procurem agir como se a
câmera não tivesse ali”. Tipo isso. E, disciplinados que são, executam muito
bem o papel. E o espetáculo vence. E quando isso acontece, todos envolvidos saem ganhando.
É um espetáculo que, mesmo você não gostando tanto de luta,
que seria o prato principal, você acaba instigado a assistir. Por quê? Porque é produzido de
maneira que outros elementos sejam também atração, não apenas o combate.
O espetáculo se inicia muito antes da luta. Os lutadores recebem tratamento e agregação de valores de celebridade. Assim concebidos, a promoção do espetáculo fica muito mais
viável. Os vídeos produzidos para os anúncios e divulgação da luta são muito
bem feitos. Com efeitos (e filtros, transições) tanto de vídeo quanto de áudio
muito bem escolhidos e trabalhados. Alta qualidade da imagem, locução estilo
trailer de cinema, quase não tem como não ficar com vontade de assistir.
Eu nem sou daqeueles vidrados, que acompanham tudo, a maioria do que sei sobre o esporte vejo na internet - esse UFC à parte da TV x Internet -, mas quando dou uma fuçada, acabo dedicando boa parte do tempo assistindo mais, creio que devido a um pouco de tudo que disse anteriormente. Acho até que são coisas que as produções de outros esportes podem aprender. Sem prejudicar o desenvolvimento do esporte propriamente dito, claro. Já está provado que dar uma espetacularizada funciona.
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Eu nem sou daqeueles vidrados, que acompanham tudo, a maioria do que sei sobre o esporte vejo na internet - esse UFC à parte da TV x Internet -, mas quando dou uma fuçada, acabo dedicando boa parte do tempo assistindo mais, creio que devido a um pouco de tudo que disse anteriormente. Acho até que são coisas que as produções de outros esportes podem aprender. Sem prejudicar o desenvolvimento do esporte propriamente dito, claro. Já está provado que dar uma espetacularizada funciona.
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