Assisti à primeira semana da
novela “Fina Estampa” e me surpreendi (nem tanto assim) com uma história
semelhante à outra novela global: “Morde e Assopra”. Bem, começou a
apresentação dos personagens, quando me deparei com o personagem vivido por
Caio Castro, Filho de Pedrão (pelo menos foi o apelido que ouvi na hora),
vivido por Lília Cabral. Ele, estudante de medicina, quer casar com uma garota
rica, tem vergonha da mãe e pede que ela, na rua, não o reconheça como filho. A
mãe é do tipo que faz “bico” pra ganhar a vida.
Então... acho que Agnaldo Silva se
inspirou em Cássia Kiss, a pobre faxineira Dulce da novela das sete, que sofre
com o filho que não aceita a vida de pobre que tem, tampouco suas origens. São
mais semelhanças identificadas, do que diferenças. O estudante, assim como o personagem das sete, também faz armações para enganar a namorada, embora seja apaixonado por ela. Claro que é começo da novela
ainda, enquanto a das sete já está perto do fim. Mas quem assistiu não precisou
se esforçar muito pra notar isso. Achei de uma falta de criatividade imensa.
Embora seja esse apenas um ponto
tratado, levaria horas escrevendo tantos outros absurdos do “Ctrl C Ctrl V”.
Percebo que o medo de ousar nos roteiros assusta a maioria dos autores que se
prendem a mesmice de fórmulas que seguram a audiência. Temos como outro exemplo
recente de repetição, três novelas que se seguram no famoso “quem matou?”: “Morde e Assopra” – quem matou o delegado?;
“Insensato Coração” – quem matou Norma?; “O Astro” – quem matou Salomão
Hayalla?
Vamos ver se no decorrer da
novela as coisas melhoram, porque não precisa ser especialista pra ver que anda
tudo tão igual, ou será que só eu vejo isso?
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